A Câmara Municipal das Caldas da Rainha assinalou, esta terça-feira, os 47 anos do golpe militar de 16 de Março de 1974, em que “Valorosos Militares” do antigo Regimento de Infantaria nº 5, atual Escola de Sargentos do Exército (ESE), saíram rumo à Capital para derrubar o governo.
Na cerimónia comemorativa, o presidente Tinta Ferreira considerou que, embora o movimento não ter sido “bem sucedido”, por diversas razões, a atitude foi sinal de que “o Movimento dos Capitães estava em marcha e preparado para o golpe militar que viria a acontecer”.
Passados todos estes anos, “estamos convictos que esta ação e a consequente prisão dos militares, foi fundamental para acelerar o golpe militar e preparar estrategicamente o dia 25 de Abril de 1974”, salientou.
Devido à Covid-19, a efeméride foi recordada de forma simbólica pela Autarquia, com o descerrar de uma placa identificativa.
“Agradecemos, e nunca esqueceremos, os heróicos militares de 16 de Março de 1974 e que homenageamos no Monumento erguido junto ao Quartel de onde partiram rumo à Liberdade”, sublinhou o edil caldense.
Para evocar a data de grande importância na história das Caldas da Rainha e de Portugal, “como grito de Liberdade e de democracia”, o município caldense, em tempo de pandemia com as suas limitações inerentes, apresentou outras propostas comemorativas à comunidade.
Em comunicado, a autarquia dá conta que os alunos de ensino básico elaboraram atividades com textos e desenhos sobre o 16 de Março para posterior publicação; e a Biblioteca Municipal publicará um catálogo online de edições referentes ao 16 de Março e 25 de Abril.
Um vídeo com documentos e fotografias históricas pertencentes ao espólio da Biblioteca foi ainda publicado na página de Facebook do Município das Caldas da Rainha.
“As coisas que falham são o prelúdio das coisas que vencem”, refere a ilustração online com palavras de Fernando Rosas sobre o 16 de março, na conferência organizada pela autarquia e pela associação Património Histórico PH, em 2007.