As pessoas prestam atenção e dão uma oportunidade a um projeto que acrescente algo. Não querem perder tempo e desprezam quem está na política por protagonismo e oportunismo. Escusado será dizer que será ridículo tentar candidatar a uma Câmara Municipal alguém que nada tem a ver com as gentes deste concelho, que pouco ou nada sabe sobre nós. Vir alguém de fora é passar um atestado de invalidez aos nossos. Ser presidente de Câmara não é uma oportunidade individual. É sim uma missão coletiva. A prata da casa até pode estar a precisar de uma purga, mas haverá alguém independente neste concelho capaz de ser a escolha mais acertada.
Em caso de fracasso, uma pessoa de fora que nem mencionarei o nome irá à sua vida em busca de outro poleiro. Pensemos bem no que queremos e sobretudo no que não queremos. É preciso alguém de corpo e alma neste tipo de projeto. Empenho total e não a meio gás.
As pessoas estão saturadas de casos de paraquedismo político – alguém que aparecem repentinamente e nunca foi de cá -, ou de alpinismo político – alguém que é um carreirista partidário e anda em busca de um lugar ao sol.
É obvio que nem qualquer um consegue estar à altura deste desafio e por isso as características que se seguem nem todos a reúnem:
• Ser um filho da terra com notoriedade, competência, decência e habilitações para o cargo a que se candidata;
• Possuir noções de ética republicana: um sentimento de fazer o bem pela coisa publica imbuído num espírito de serviço e missão em prol comunidade;
• Ser corajoso, determinado e ambicioso – quem não é detentor destas três características anda na política a estorvar;
• Dialogar de forma empática, assertiva e com uma pitada de humor – é fundamental conseguirmos identificar-nos com o candidato enquanto pessoa e acima de tudo que saiba compreender os anseios e preocupações comuns das gentes que o rodeiam;
• Ser criativo, talentoso e empreendedor – um grande gestor da “coisa publica” tem de aliar essa aptidão a uma visão estratégica que consiga transformar drasticamente a dinâmica do concelho para algo melhor.
E por fim, o facto de ser desejado ou não, conta e muito!