A Secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural, inaugurou hoje a exposição Casulos – José Malhoa, Dado e Carolein Smit, nas Caldas da Rainha, a maior coleção de Arte Bruta da Península Ibérica.
Ângela Ferreira exteriorizou que a sua presença, no Museu José Malhoa, veio celebrar a ideia de Ana Sequeira, uma das mais votadas no Orçamento Participativo Jovem 2018, cujo programa da Direção Regional de Cultura do Centro é financiado pelo Instituto Português do Desporto e Juventude.
A responsável sustentou ainda que o projeto, que faz a conjugação entre “a expressão plástica mais clássica” de José Malhoa com a Arte Bruta apresentada em cerâmica e em pintura, “tomou forma e está acessível a todos os munícipes das Caldas da Rainha, Figueiró dos Vinhos e São João da Madeira, mas acima de tudo, a todos os que nos queiram visitar”.
A inauguração desta exposição, como ponto de partida do projeto Casulos, está integrada no Dia Internacional dos Museus, cujo tema, este ano, é “O Futuro dos Museus: Recuperar e reimaginar”.
“Nós temos aqui o nascimento e temos aqui a morte. Temos aqui uma vida, e este vermelho também simboliza essa mesma vida, a dos artistas e a nossa vida. E é por isso que temos uma exposição com esta dimensão, cruzando pensamento”, explicou o Diretor do Museu José Malhoa.
Segundo Carlos Coutinho, a maior coleção de Arte Bruta da Península Ibérica, aborda as questões da saúde mental e ação social, com obras de artistas que têm perturbações mas que produzem criação artística.
“Neste período que nós estamos a atravessar, a nível de pandemia, com estas questões temos de ter uma atenção redobrada sobre elas e temos que trabalhar também com as comunidades mais desfavorecidas”, destacou o responsável do museu, com o apelo aos jovens a participarem no projeto com residências artísticas no desenvolvimento de outros trabalhos artísticos inspirados precisamente na obra destes três artistas.
Casulus pode ser visitado por um longo período, para que as escolas e as comunidades possam conhecer, e para que a organização possa trabalhar as ações sociais, artísticas e culturais de todos estes concelhos apresentados.
Para a Direção Geral de Cultura do Centro, o conceito que está na génese desta exposição congrega o movimento de encerramento e libertação, aquele que é experienciado pelo artista durante o processo de criação, mas também aquele que foi experienciado pela população mundial no último ano.
“O encerramento que o mundo viveu obrigou a cultura a reinventar-se, obrigou as instituições a repensarem, reimaginarem e recuperarem os Museus, numa estratégia de fortalecimento para ultrapassar desafios futuros”, sublinha a entidade responsável.
É partindo dessa estratégia que a Direção Regional de Cultura do Centro propõe esta exposição, e o programa multidisciplinar onde a mesma se insere, procurando trazer novos públicos à cultura, novas formas de observação e fruição da arte, criando experiências impactantes em todos aqueles que a visitarem de 20 de maio a 9 de janeiro de 2022.