“Vacina” foi eleita a Palavra do Ano de 2021, escolhida por pouco mais de 45,4% dos votos, ou seja, 15 mil pessoas elegeram esta como a palavra do ano, anunciou esta segunda-feira, 4 de Janeiro, a Porto Editora, promotora da iniciativa desde 2009.
“A vacinação contra a covid-19 marcou o ano de 2021, não só pelo sucesso do processo que colocou Portugal num lugar cimeiro a nível mundial, mas também porque permitiu a redução do número de vítimas da doença e o alívio das restrições a que os portugueses foram sujeitos”, refere a Porto Editora.
“Foram cerca de 35 mil os votos na “Palavra do Ano” de 2021, o que demonstra a importância desta iniciativa que reflete os principais acontecimentos e factos que marcaram o ano em Portugal”, pode ler-se.
A votação em “vacina” superou as de “resiliência” e “teletrabalho”, colocadas em segundo e terceiro lugar, respetivamente, segundo comunicado do grupo editorial. “Resiliência ” ficou em segundo lugar, com 30,5%, seguida de “teletrabalho”, com 9,2%, segundo a editora
Fora do pódio ficaram “bazuca”, que conquistou 6,5% dos votos online, seguida de “criptomoeda” (2,9%), “podcast” (1,9%), “orçamento” (1,4%), “infodemia” (1,59%), “mobilidade” (0,9 %), “apagão” (0,7 %) e, em último lugar, “moratória” (0,6 %).
Na cerimónia de divulgação da palavra vencedora estiveram presentes o diretor do Serviço de Doenças Infeciosas do Hospital de São João, no Porto, António Sarmento, que foi o primeiro cidadão a ser vacinado em Portugal contra a covid-19, em 27 de Dezembro de 2020 e o diretor da UAG da Urgência e Medicina Intensiva do Centro Hospitalar Universitário São João, Nelson Pereira.
Para António Sarmento, não há surpresa nesta escolha dos portugueses e salientou a importância da iniciativa como reflexo do quotidiano da sociedade: “não me admira nada que tenha sido esta a palavra escolhida e isto também serve para auscultar o nosso “sentir” e o “sentir” de um povo é sempre uma coisa muito importante”.
A editora sublinha a participação de 35 mil pessoas e indica que “demonstra a importância desta iniciativa que reflete os principais acontecimentos e factos que marcaram o ano em Portugal”.
“Vacina” sucede a “saudade”, palavra eleita pelos portugueses em 2020, numa lista composta ainda por “esmiuçar” (2009), “vuvuzela” (2010), “austeridade” (2011), “entroikado” (2012), “bombeiro” (2013), “corrupção” (2014), “refugiado” (2015), “geringonça” (2016), “incêndios” (2017), “enfermeiro” (2018) e “violência doméstica” (2019).