O Movimento Cívico Unidos Por Torres Vedras (UTV) propôs ontem a criação de uma “comissão independente de acompanhamento”, que visa com um maior grau de informação disponibilizar aos cidadãos as intervenções que vão tendo lugar no território do concelho e para determinar a estratégia e posicionamento do município face ao Plano Ferroviário Nacional 2030 (PNF 2030).
A UTV fez esta proposta na reunião pública do executivo camarário que teve lugar no Ramalhal.
“Estão hoje em curso na nossa região as obras de requalificação da Linha do Oeste entre Mira Sintra-Meleças e Torres Vedras, adjudicada pelo valor de 61,5 milhões de euros, no âmbito do Programa Ferrovia 2020. Por outro lado, o PFN que foi apresentado pelo Governo em Abril de 2021 esteve em discussão pública até Dezembro do mesmo ano. Estava prevista a sua aprovação final em Março de 2022, mas o processo encontra-se suspenso devido à ocorrência de eleições intercalar”, afirmou.
No entender do movimento “havendo diversas manifestações de falta de informação à população (por exemplo: a localização e automatização de passagens de nível), é essencial discutir se as soluções adotadas hoje, bem como as futuras, preconizadas pelo Governo no PFN 2030, são as que, de facto, se esperam e ambicionam por parte da comunidade”.
“Ao analisar as projeções do PNF, o concelho de Torres Vedras afigura-se como secundário nas principais ligações, o que é tanto mais anacrónico quanto se sabe que o concelho de Torres Vedras possui os mais altos níveis de produção agrícola (e necessidade de escoamento) e uma população com elevadas necessidades de mobilidade”, prossegue o texto do Unidos Por Torres Vedras.
“É imperioso que a voz do concelho e dos seus cidadãos seja valorizada em todo o processo, como é também fundamental que nenhum tipo de interesses ou conveniências de circunstância ponham em causa o interesse dos cidadãos e do futuro do concelho”, acrescentou o movimento independente.