O Catalisador Regional de Inovação do Oeste vai ser criado amanhã, dia 7 de dezembro, nas Caldas da Rainha, para potenciar a cooperação entre centros de conhecimento e empresas, anunciou hoje a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC).
O protocolo de cooperação de constituição do CR Inove – Catalisador Regional de Inovação do Centro para a Sub-Região do Oeste vai ser assinado na sede da Comunidade Intermunicipal da Região do Oeste (OesteCim), nas Caldas da Rainha, com o objetivo de “fazer a ligação entre todos os municípios, universidades e centros de saber, não apenas do Oeste mas de toda a região Centro, para identificar aquilo que está a ser feito em termos de inovação e fazer chegar esse conhecimento às empresas”, disse o dinamizador sub-regional, Sérgio Félix.
Numa primeira fase, o catalisador do Oeste fará “um levantamento de todos os projetos de investigação e desenvolvimento que estão a ser feitos na região Oeste, nas universidades e nos centro de saber, identificando aqueles que podem ser ligados às empresas”, explicou o também secretário-geral da Associação Empresarial do Oeste (AIRO).
Numa segunda fase será feito “um diagnóstico das empresas, em termos de inovação e um levantamento das suas necessidades em termos de desenvolvimento, para que a investigação possa focar-se nessas necessidades”, disse o mesmo responsável, acrescentando que, “numa terceira fase, a CCDRC abrirá avisos para projetos concretos nessas áreas identificadas”.
O CR Inove é uma iniciativa, liderada pela CCDRC, composta por uma rede informal de entidades do Sistema Regional de Inovação, que pretende promover um processo estruturado de cooperação e partilha de informação entre as Comunidades Intermunicipais, as entidades do Sistema Científico e Tecnológico e as Associações Empresariais da Região Centro.
Tem como objetivo “mobilizar os agentes, potenciar os recursos e competências existentes no domínio da Inovação e melhorar a interação dos produtores de conhecimento e tecnologia com os seus potenciais utilizadores”, sejam eles empresas, entidades da administração pública ou do terceiro setor, refere um comunicado da CCDRC.
Citada no comunicado, a presidente da CCDRC, Isabel Damasceno, afirma que “este já é o quinto protocolo assinado, o que evidencia o reconhecimento, por parte das entidades, da necessidade de intervir, de forma concertada, no processo de promoção da Inovação na Região Centro”.
De acordo com a mesma responsável, o CR Inove já foi implementado nas sub-regiões de Aveiro, Leiria, Médio Tejo e Viseu Dão Lafões, “com a materialização da primeira iniciativa, o INEC – Ideias novas em Empresas Consolidadas, que visa identificar, no Sistema Científico e Tecnológico regional, as primeiras ideias ou soluções tecnológicas que poderão ser utilizadas por empresas consolidadas”.
Na sub-região Oeste, o protocolo será assinado entre a OesteCim, o Instituto Politécnico de Leiria, a FAERO – Federação das Associações Empresariais da Região Oeste, o COTHN – Centro Operativo Tecnológico Hortofrutícola Nacional – Centro de Competências, o Smart Farm Colab – Laboratório Colaborativo para a Inovação Digital na Agricultura, a ANP – Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha, a APMA – Associação dos Produtores de Maçã de Alcobaça, a AIHO – Associação Interprofissional de Horticultura do Oeste e o OBITEC – Parque Tecnológico de Óbidos.
O protocolo estabelece que os parceiros assumem o compromisso de desenvolver iniciativas conjuntas em temáticas relevantes para o processo de promoção da inovação e que se comprometem a contribuir para a sistematização e atualização de informação e competências das entidades do Sistema Regional de Inovação pertencentes à sub-região, bem como a criar mecanismos de partilha e divulgação de informação, promover o desenvolvimento de conteúdos, instrumentos e metodologias de capacitação de atores e de transferibilidade do conhecimento e de tecnologias, refere o comunicado da CDCRC.
No caso do Oeste, segundo Sérgio Félix, as medidas “terão como temática chapéu as questões da sustentabilidade, energia e rentabilização de recursos”, mas não excluirão outras vertentes ligadas ao desenvolvimento das empresas, que poderão também “ver abertos avisos para candidaturas”.
Na Região Centro faltam ainda assinar três protocolos, o que segundo Isabel Damasceno deverá acontecer até ao final do ano.
