O Bloco de Esquerda (BE) de Torres Vedras vai associar-se à manifestação de 1 de abril, em várias cidades, pelo direito à habitação, por considerar que o município não dá prioridade às políticas de habitação.
“Infelizmente, a Câmara de Torres Vedras não tem este tipo de prioridade e de visão estratégica para o futuro, nesta ou noutras áreas fundamentais para as pessoas, age tardiamente, perde tempo, limita-se a uma gestão avulsa de casos prementes e faz estudos, esperando aquilo que o poder central possa determinar”, lê-se num comunicado divulgado.
A deslocação de famílias devido aos preços da habitação em Torres Vedras, estar abaixo dos valores médios da Área Metropolitana de Lisboa e a fixação de imigrantes aumentam a procura de casa e dificultam o acesso à habitação por famílias com rendimentos mais baixos, alertou o BE.
Contudo, referem os bloquistas, os apoios ao arrendamento do programa Porta 65 Jovem não são suficientes em Torres Vedras, uma vez que as rendas de um imóvel T1 ultrapassam os 500 euros, a Estratégia Local de Habitação “é incipiente, com um investimento muito aquém do desejado”, e o orçamento para os apoios ao arrendamento no âmbito do programa 1.º direito situam-se nos 219 mil euros.