A renda mediana dos novos contratos de arrendamento de habitação aumentou de 7,21 euros por metro quadrado (Euro/m2) em 2023 para 7,97 Euro/m2 em 2024, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Segundo as “Estatísticas de rendas de habitação ao nível local” do INE, no ano passado 42 municípios apresentaram rendas acima do valor nacional, destacando-se Lisboa com o valor mais elevado (15,93 Euro/m2) e ainda, com valores superiores a 12,00 Euro/m2, Cascais (15,31 Euro/m2), Oeiras (13,80 Euro/m2) e Porto (12,58 Euro/m2).
Também referidas pelo instituto estatístico com valores superiores ao nacional são as sub-regiões da Grande Lisboa (13,06 Euro/m2), Península de Setúbal (9,99 Euro/m2), Região Autónoma da Madeira (9,60 Euro/m2), Algarve (9,41 Euro/m2) e Área Metropolitana do Porto (8,85 Euro/m2).
“O padrão territorial das rendas por m2 de novos contratos de arrendamento por município destacava, com valores superiores ao do país, a totalidade dos municípios da Grande Lisboa e da Península de Setúbal, o Algarve (11 em 14 com informação disponível) e a Área Metropolitana do Porto (6 em 17)”, detalha o INE.
Já nas restantes NUTS III, assinala, com rendas superiores ao valor nacional, os municípios do Funchal (11,51 Euro/m2) e de Santa Cruz (9,02 Euro/m2), Região Autónoma da Madeira, Sines (11,45 Euro/m2), Grândola (9,11 Euro/m2), Santiago do Cacém (8,59 Euro/m2), Alentejo Litoral, município de Aveiro (8,18 Euro/m2), região de Aveiro e Torres Vedras (8,09 Euro/m2) e região Oeste.
Ainda destacado pelo INE é o facto de a Área Metropolitana do Porto ter sido sub-região NUTS III com maior amplitude das rendas medianas entre municípios (7,56 Euro/m2 ), sendo que o menor valor foi registado em Vale de Cambra (4,65 Euro/m2 ) e o maior no Porto (12,21 Euro/m2).
Por sua vez, em 2024 o município de Lisboa registou o maior número de contratos de arrendamento do país: 9.463 novos contratos celebrados, mais 4,6% do que no período homólogo.
Com mais de 3.000 contratos celebrados, de referir ainda o Porto (4.854), Vila Nova de Gaia (3.353) e Sintra (3.107).
Considerando apenas o quarto trimestre de 2024, a renda mediana dos 24.445 novos contratos de arrendamento em Portugal atingiu 8,43 Euro/m2, um crescimento homólogo de 9,3%, inferior ao do trimestre anterior (9,8%).
Face ao último trimestre de 2023, o número de novos contratos de arrendamento aumentou 3,4%.
De outubro a dezembro do ano passado, em relação ao trimestre homólogo, a renda mediana aumentou em todas as sub-regiões NUTS III, com exceção de Terras de Trás-os-Montes (-7,6%).
As rendas mais elevadas registaram-se na Grande Lisboa (13,49 Euro/m2 ), no Algarve (10,39 Euro/m2 ), na Península de Setúbal (10,35 Euro/m2 ), na Região Autónoma da Madeira (10,19 Euro/m2 ) e na Área Metropolitana do Porto (9,31 Euro/m2 ).
No quarto trimestre de 2024, o INE dá ainda conta de um aumento homólogo da renda mediana nos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, destacando-se Guimarães (20,3%) com a maior variação homóloga e Lisboa com a maior renda mediana (16,04 Euro/m2 ), embora com uma taxa de variação homóloga (3,4%) inferior à nacional (9,3%).
Segundo o instituto estatístico, 14 dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes apresentaram taxas de variação homóloga do número de novos contratos superiores à nacional (3,4%), destacando-se o Vila Nova de Gaia (26,5%), com a maior variação.