A Câmara de Alenquer inaugura na quinta-feira, feriado municipal no concelho, o novo Museu Hipólito Cabaço na antiga residência deste arqueólogo, que foi sujeita a obras, 15 anos depois de o museu ter encerrado ao público.
“O Museu Hipólito Cabaço, que renasce na antiga Casa da Torre, mostrará o espólio de um dos grandes arqueólogos portugueses”, refere o município do distrito de Lisboa em nota de imprensa.
O Museu Hipólito Cabaço abriu em 6 de abril de 1975, mas veio a encerrar em 2010 pela “degradação do edifício” que ocupava, na antiga Aula do Conde de Ferreira, explicou fonte da autarquia à agência Lusa.
O espaço tornava-se também pequeno para a coleção de arqueologia alusiva ao trabalho do arqueólogo Hipólito Cabaço, natural do concelho, e aos achados efetuados no concelho desde o período do paleolítico.
A coleção foi adquirida pelo município em 1944, com o objetivo de vir a musealizá-la.
Essas instalações foram sujeitas a obras e passaram a albergar o Museu do Presépio desde dezembro de 2021.
Devido à realização das obras, a coleção do Museu Hipólito Cabaço foi transferida em 2016 para outro edifício, denominado ‘Casa da Torre’, antiga residência do arqueólogo Hipólito Cabaço, onde até 2015 funcionaram serviços municipais.
O município fez obras na Casa da Torre, que ultrapassaram os 700 mil euros, segundo explicou a fonte à agência Lusa, para aí instalar em definitivo o museu.
A intervenção incidiu na preservação e conservação do edifício, através da substituição de revestimentos, pisos interiores e de algumas caixilharias, criação de acessibilidades dentro do edifício, reformulação da instalação elétrica e da rede de águas e esgotos, adaptação do espaço às normas de segurança contra incêndios e intrusão, substituição do sistema de climatização por outro mais eficiente e resolução de problemas de infiltrações.
Foram também efetuados arranjos exteriores no jardim e trabalhos subterrâneos no pátio de entrada no edifício, necessários para permitir a ligação das infraestruturas.
O museu reabre ao público, com seis salas de exposição, duas das quais alusivas à vida e à residência do arqueólogo transformada agora em museu e as restantes dedicadas à Pré e Proto-História, Época Romana, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea.
O Museu vai mostrar ao público duas mil peças da coleção, um filme, um ecrã tátil e locais específicos onde as crianças e jovens podem experimentar ser arqueólogos por alguns momentos.
Do edifício também vai fazer parte a Casa do Espírito Santo, dedicada às Festas do Espírito Santo da vila, a ser inaugurada em 7 de junho, informou a autarquia.
Neste feriado municipal, a câmara municipal inaugura também o novo centro de saúde de Olhalvo, após um investimento de milhão de euros na requalificação de instalações adquiridas por 90 mil euros na Quinta do Juncalinho, bem como as obras de requalificação do Parque do Areal, integradas na requalificação urbana da vila.












