A Polícia Judiciária (PJ) anunciou hoje que dois homens foram detidos no concelho do Bombarral com mais de 200 quilos de cocaína escondidos em 800 quilos de areia para gatos.
Num comunicado enviado esta quinta-feira, à RTVON, a força policial revela que a operação, desencadeada na quarta-feira, teve origem “numa investigação que contou com a colaboração das autoridades aduaneiras espanholas”, iniciada em abril.
A investigação surgiu “na sequência de suspeitas relativamente à atividade de uma empresa, sediada em Gondomar, em concreto a importação de mais de 25 toneladas de areia sanitária para gatos, a partir do Brasil”.
“Apesar de destinada a desalfandegamento no Freixieiro, Matosinhos, a carga, transportada em contentor marítimo, foi descarregada em Vigo, levantando igualmente suspeitas às autoridades locais, face ao que foram efectuados alguns exames que comprovaram a presença de cocaína num dos vários sacos testados”, acrescenta a nota de imprensa.
“A PJ, através da Diretoria do Norte, e as autoridades aduaneiras de Espanha monitorizaram o percurso da mercadoria, que viria a ser descarregada, no dia de ontem [quarta-feira], num armazém no Bombarral, onde foram detidos, em flagrante delito, os dois homens”, revela.
Os detidos são suspeitos de serem “os destinatários da carga e pertencerem a uma rede internacional de tráfico de estupefacientes”.
O Laboratório de Polícia Científica da PJ irá proceder ao apuramento da quantidade exacta de droga impregnada, “através de exames periciais, considerando que o método de ocultação utilizado obriga a um prévio processo de filtragem”.
Tendo em conta o “resultado das análises prévias e o índice de concentração de droga encontrado na areia, estima-se que a quantidade de cocaína agora apreendida será superior a 200 quilos”.
Segundo a PJ, os detidos têm 48 e 50 anos. Um deles é residente em Oeiras e tem um vasto registo criminal e policial, há muito investigado pela prática deste e de outros tipos de crime.
Os detidos vão ser presentes às autoridades judiciárias competentes, no Tribunal de Instrução Criminal do Porto, para primeiro interrogatório e aplicação das medidas de coação.











