Uma petição ‘online’ pede à Infraestruturas de Portugal (IP) que reponha a variante rodoviária nos Casais de São Martinho, aldeia de Sobral de Monte Agraço que ficou dividida desde que a via abateu há três meses com o mau tempo.
A petição, lançada há duas semanas, foi subscrita até esta quarta-feira de manhã por 148 cidadãos.
Os subscritores pedem que seja reconstruída a variante que liga Casais de São Martinho/Sapataria à Asseiceira/Venda do Pinheiro e Santo Estêvão das Galés.
A via foi construída há pouco tempo, aquando do encerramento da circulação automóvel no apeadeiro do Jerumelo, devido às obras da linha ferroviária do Oeste.
No final de março, aquando da tempestade Martinho, teve uma derrocada, levando a IP a encerrá-la.
Três meses depois, continua fechada “sem qualquer sinal de início da sua reconstrução, prejudicando muito as populações que residem nas duas freguesias, mas também todas as pessoas que precisam de se deslocar para freguesias e concelhos vizinhos e que estão muito limitadas nos acessos”, explicam os peticionários.
De acordo com o documento, “os residentes em Casais de São Martinho, freguesia da Sapataria e concelho de Sobral de Monte Agraço, têm neste momento a sua aldeia ‘dividida’ ao meio após as obras da Linha do Oeste, sem um acesso rodoviário razoável e apenas com um caminho de terra num terreno privado, que se encontra praticamente intransitável e que causa enormes transtornos aos residentes”.
Os moradores “convivem com obras complicadíssimas há anos na sequência da eletrificação da linha férrea”.
Os peticionários pretendem que “a estrada seja reconstruída o mais rapidamente possível e que as obras tenham início”.
Questionada pela agência Lusa, a IP não prestou esclarecimentos.
O município de Sobral de Monte Agraço também já alertou a IP para o problema, numa carta enviada a esta empresa a dar conta de que todas as estradas nacionais de acesso ao concelho estão condicionadas, pedindo soluções.
A variante rodoviária criada nos Casais de São Martinho após a supressão da passagem de nível da linha ferroviária do Oeste “caiu com o mau tempo e não foi reposta”, dividindo a aldeia, explicou o presidente da câmara, José Alberto Quintino.