O novo presidente da Câmara de Torres Vedras, Sérgio Galvão (PSD/CDS-PP/VP), que retirou pela primeira vez o município ao PS, disse hoje que vai aproximar os eleitos da população do concelho para melhor conhecerem e resolverem os problemas.
“Porta aberta no município, presença no terreno e mecanismos regulares de auscultação. Vamos aproximar quem decide de quem vive os problemas, porque ouvir mais é decidir melhor”, afirmou Sérgio Galvão, durante a cerimónia de instalação dos novos órgãos municipais.
Como prometeu durante a campanha eleitoral, o autarca anunciou que “cada freguesia será, durante um mês, a casa da governação municipal”, a começar já em dezembro com Runa.
“Aí acontecerão reuniões de executivo, atendimento aberto, visitas a escolas, empresas, instituições, bem como sessões públicas para ouvir problemas e decidir soluções”, explicou.
A nova maioria autárquica vai implementar o gabinete de apoio às freguesias, para “fazer a ponte direta entre as juntas e os serviços municipais, garantindo tratamento igual em todo o território e resposta rápida no terreno”, assim como reforçar os respetivos meios financeiros, para que melhor cumpram a descentralização de competências.
Sérgio Galvão vai avançar com uma auditoria “externa e independente aos últimos anos da gestão municipal” para “conhecer com rigor a situação financeira, os procedimentos, os passivos e os ativos” e apresentar melhorias.
“Não o fazemos por suspeição, mas por dever de transparência e preservação do nome de quem entra e de quem sai. A transparência nunca é um incómodo, mas a base da confiança”, justificou.
O autarca vai também “alterar a orgânica” da Câmara Municipal, Serviços Municipalizados de Água e Saneamento e da empresa municipal Promotorres.
“Não é apenas uma mudança de organogramas, mas uma nova cultura de serviço público focada no munícipe”, esclareceu Sérgio Galvão, que quer acabar com “uma máquina pesada, atrasos sucessivos e dossiês parados” para “encurtar circuitos de decisão”.
Outras prioridades passam por “transformar a proximidade a Lisboa em oportunidade de valor” no plano económico, avançar com o plano municipal de habitação acessível, continuar a reabilitar e construir escolas e, na mobilidade, avançar com variantes circulares à cidade para “devolver tempo e qualidade às famílias”.
Nas eleições autárquicas do dia 12, a coligação PSD/CDS-PP/VP ganhou a câmara municipal com 47,16% dos votos, obtendo cinco dos nove mandatos, seguido do PS, com 33,17% dos votos e três eleitos, e do Chega com 11,3% dos votos e um eleito.
Laura Rodrigues, presidente da câmara desde 2020 e cabeça-de-lista à câmara pelo PS nas eleições autárquicas de 12 de outubro, não tomou posse.
Pelo PSD/CDS-PP/VP tomaram posse Sérgio Galvão, Rita Sammer, Diogo Guia, Bárbara Amaro e Rui Estrela Silva, pelo PS Francisco Martins, David Lopes e Rui Lopes e pelo Chega Felicidade Vital.












