A cidade de Torres Vedras passa a ser servida por uma quinta linha de transportes públicos para reforçar o serviço na zona sul da cidade, foi anunciado por este município e pela transportadora Barraqueiro Oeste.
A linha Branca começa no Terminal Rodoviário e atravessa a cidade até à zona de Catefica, no sul da cidade, passando pelas escolas São Gonçalo e Madeira Torres, pelos parques de estacionamento, serviços públicos e privados de saúde da parte sul da cidade e zona industrial.
A cidade, no distrito de Lisboa, é também servida pelos Transportes Urbanos de Torres Vedras (TUT) através das já existentes linhas Azul, Amarela, Verde e Vermelha, divididas por diferentes percursos dentro da cidade e zonas limítrofes, com um a dois horários por hora, entre as 06:00 e as 21:00 nos dias úteis.
Em fevereiro, numa reunião pública da câmara, a presidente, Laura Rodrigues, prometeu “envidar esforços para alterar as linhas do TUT”, sem que existam alterações até agora, além da quinta linha.
A autarca admitiu que “o tempo [no TUT] acaba por ser demasiado e as pessoas não têm interesse em utilizar”.
Na altura, os vereadores do PSD alertaram para o “trânsito caótico” dentro da cidade e pediram medidas no sentido de aumentar a frequência do TUT “para incentivar as pessoas a deixar o carro na periferia e irem ao centro da cidade de TUT”.
Desde o início do ano, as viagens dentro e entre cada um dos 12 concelhos da região Oeste passaram a ser gratuitas, mediante a adesão ao Passe M Oeste.
Com a gratuitidade dos transportes, a Comunidade Intermunicipal do Oeste, à qual pertence o município de Torres Vedras, pretende contribuir para a descarbonização, incentivando as pessoas a viajar sem andar de carro e a aderir aos transportes públicos, conseguindo poupanças nos custos com transportes.
Em maio de 2024, os vereadores do PSD na Câmara de Torres Vedras alertaram para a ineficácia do TUT, depois de testarem a rede através de uma viagem entre a localidade do Paul e o centro de saúde.
“É preciso rever as rotas, os preços e os horários do TUT [Transporte Urbano de Torres Vedras] para tirar carros da cidade”, afirmaram.
A viagem dos sociais-democratas no TUT começou às 09:38 no Paul, na periferia da cidade, e terminou no centro de saúde quase uma hora depois, obrigando à mudança de rede entre a linha verde e a linha amarela.
“Um trajeto que demora oito minutos em transporte privado demorou 55 minutos em transporte público, para vir do Paul ao centro de saúde”, alertaram.
“Temos trânsito a mais na cidade, é praticamente caótico circular e, por questões ambientais, é preciso que o transporte público seja competitivo com o privado, que haja parques de estacionamento gratuitos e interligados com outros transportes”, pediram, exigindo a oferta de mais horários.
Questionado na ocasião pela agência Lusa, o município ficou de “analisar e avaliar medidas possam contribuir para um melhor serviço, nomeadamente no que diz respeito a circuitos e horários”.
A gestão e os custos associados ao TUT são da responsabilidade da empresa Barraqueiro Oeste.











