A construção do crematório do cemitério de São Miguel, no concelho de Torres Vedras e o primeiro do Oeste, será entregue sábado à Servilusa, disse hoje o presidente da União de Freguesias de Santa Maria, São Pedro e Matacães,
Em declarações à Lusa o autarca da União de Freguesia, David Lopes, adiantou que a empresa de serviços fúnebres foi a única concorrente ao concurso público lançado em dezembro para a construção e concessão por 30 anos do crematório no Cemitério de São Miguel.
Depois de verificada todas as condições legais, a autarquia e a Servilusa vão assinar no sábado o contrato.
Segundo David Lopes, uma vez que o projeto de arquitetura foi elaborado pela autarquia, o início das obras deverá acontecer no “mês de abril”, sendo o prazo de execução de 10 meses.
“Temos uma necessidade grande [de um crematório] dada a falta de espaço que temos no cemitério com o crescimento da população, o número de cremações tem vindo a aumentar e os crematórios mais próximos são em Leiria, Santarém ou na zona de Lisboa”, explicou autarca.
Segundo a autarquia, em 2022 foram cremados 4.736 corpos oriundos de Mafra e dos concelhos da região Oeste.
O novo crematório vai ter capacidade para 2.500 cremações por ano, podendo vir a ser construído um segundo forno crematório, se houver necessidade.
O investimento da empresa é de cerca de um milhão de euros, estimou o autarca.
A esse custo acrescem outros pagamentos à junta de freguesia, nomeadamente 10 mil euros por ano e 1% da faturação do crematório, a partir do terceiro ano da concessão.
O contrato estabelece também que a Servilusa está obrigada a efetuar por ano uma centena de cremações, sem quaisquer encargos, para a junta de freguesia.
David Lopes adiantou que a autarquia vai ainda investir cerca de 300 mil euros na requalificação do cemitério, com a construção de 120 ossários, 12 gavetões, pavimentações à volta do cemitério e de todas as ruas interiores, bem como colocação ou recuperação de lancis em todos os talhões.