Pais dos alunos da escola primária do Couto, nas Caldas da Rainha, promovem na quarta-feira um protesto para exigir o arranque das obras de requalificação e a reabertura do estabelecimento, encerrado desde junho de 2023.
A iniciativa “Vamos abraçar a nossa escola”, que acontecerá simbolicamente no dia em que se comemora o feriado municipal das Caldas da Rainha, pretende “pressionar a autarquia para que as obras sejam efetuadas e que, no arranque do próximo ano letivo, as aulas sejam lecionadas nesta escola”, disse à agência Lusa a porta-voz do movimento popular, Sara Malhoa.
A escola, com mais de 60 anos, situada na localidade de Couto, foi encerrada no final do ano letivo 2022/2023, “por falta de condições e, quase um ano depois, ainda está em fase de contratualização do projeto”, afirmou Sara Malhoa, acusando o município de “falta de vontade” para avançar com a requalificação.
Na sequência do “abraço” à escola, agendado para as 17:30 de quarta-feira, a comunidade da freguesia admite “constituir uma comissão e promover uma angariação de fundos para custear a obra” e assegurar a reabertura da escola.
Questionado pela agência Lusa, o presidente da câmara das Caldas da Rainha, Vitor Marques, explicou que uma vistoria detetou “falta de condições, não nas salas de aula, mas no edifício contíguo, nas casas de banho e no refeitório”, que levaram o município a optar por não abrir o estabelecimento escolar este ano letivo e a optar por transferir os cerca de 40 alunos para a escola de Salir de Matos, sendo o transporte assegurado pela autarquia.
Vitor Marques salientou que, na sequência da vistoria que apontou “para a necessidade de fazer outras intervenções, ao nível das janelas e do conforto da própria escola”, o município entendeu juntar à obra de requalificação, a construção de uma creche, num terreno contíguo.
Porém, o projeto da creche acabou por não se concretizar, o que levou a um atraso na requalificação da escola que vai agora avançar em separado e que, segundo Vitor Marques, “está nesta altura em fase de contratualização do projeto”.
À Lusa, o autarca adiantou ainda que “a escola não vai abrir no início do próximo ano letivo”, mas admitiu a possibilidade de “a passagem dos meninos para esse edifício poder ser feita no início do segundo período”, em março de 2025.
Apesar do atraso e do “transtorno para os alunos e pais”, Vitor Marques garantiu não existir “por parte da câmara qualquer intenção de não reabrir a escola”, que integra a carta educativa do concelho.