O concelho de Vila Franca de Xira, tem sinalizadas 29 pessoas em situação de sem-abrigo, disse à agência Lusa fonte da autarquia, defendendo um “maior envolvimento governamental” para combater o problema.
O retrato da população em situação de sem-abrigo no concelho de Vila Franca de Xira foi feito por fonte oficial da Câmara Municipal, numa resposta escrita enviada à Lusa.
Os dados divulgados pela Câmara de Vila Franca de Xira, presidida pelo socialista Fernando Paulo Ferreira, indicam que se encontram atualmente identificados no concelho 29 pessoas em situação de sem-abrigo, tendo a autarquia uma equipa técnica que assegura “o adequado acompanhamento social”.
“A Câmara Municipal tem uma equipa técnica da Ação Social que assegura o adequado acompanhamento social, visando incutir as competências necessárias no processo de autonomização das pessoas em situação de sem-abrigo. Para cada uma destas situações está definido um plano de intervenção, com ações e procedimentos a desenvolver de acordo com o diagnóstico individual”, explica a autarquia.
Face a este problema, a Câmara de Vila Franca de Xira considera que “a resposta social e política tem de ser enquadrada pela atuação dos 18 municípios, robustecendo processos de integração e acompanhamento de pessoas sem-abrigo”.
“Um maior envolvimento de diversos serviços tutelados pelo Governo nesta matéria é algo que se justifica considerando a transversalidade e natureza da questão, bem como uma maior alocação de recursos e meios”, apontam.
A autarquia de Vila Franca de Xira refere ainda que está disponível para “discutir todas as soluções que aumentem a qualidade de vida” dos cidadãos.
Em 10 de maio, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, convidou os autarcas dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa para um encontro para discutir medidas para contrariar este fenómeno.
No entanto, apenas os presidentes de Oeiras, Isaltino Morais, e de Cascais, Carlos Carreiras, compareceram, enquanto outros três – Barreiro, Almada e Seixal – fizeram-se representar por vereadores ou técnicos que acompanham a problemática.
No final do encontro, Carlos Moedas anunciou que as câmaras de Lisboa, Oeiras e Cascais querem avançar com uma ‘task force’ e criar centros de acolhimento para integrar as pessoas em situação de sem-abrigo que existem na área metropolitana.
Fazem parte da AML os concelhos de Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.