O Parque Tecnológico de Óbidos vai iniciar uma nova edição da academia de programação e robótica, este ano com a novidade de o município suportar os custos do curso para os alunos do concelho.
A edição 2024 da Academia DeCode arranca em novembro “oferecendo uma experiência imersiva em programação e robótica” a jovens interessados em “aprender programação e a construir um robot”, divulgou o Parque Tecnológico de Óbidos (PTO).
A novidade desta edição prende-se, segundo o diretor executivo do PTO, Miguel Silvestre, com facto de a Câmara de Óbidos, no distrito de Leiria, “suportar os custos do curso para os alunos do concelho”.
A ideia, explicou, “é começar a dar aqui os passos para criar um verdadeiro programa municipal de ensino de robótica”, através do apoio da câmara, que “permite ter um conjunto de cerca de 50 inscrições de alunos do concelho que queiram aprender robótica sem os custos associados, a não ser uma taxa de inscrição, que é basicamente uma taxa de compromisso”.
O ensino da robótica passará por construir um robot, o IORover, que foi totalmente desenvolvido dentro das empresas do parque tecnológico” e que os alunos podem levar para casa no final, sendo que, no caso dos alunos de Óbidos, ao custo do projeto será também deduzido o valor da taxa de inscrição (30 euros), ficando assim “o curso a custo zero”, disse Miguel Silvestre.
Cinco empresas do Parque Tecnológico, “todas 100 por cento portuguesas”, participam no programa de formação, sendo responsáveis pela estrutura pedagógica do curso, o desenvolvimento do ‘software’ para o controlo e conceção do IORover, incluindo a fabricação das placas eletrónicas e a produção das peças, utilizando tecnologias de impressão 3D.
Depois de 2023 ter funcionado como “o ano zero” do desenvolvimento do robot “numa lógica mais experimental” este ano o PTO considera estar “ em condições para fazer uma oferta mais estruturada, ao longo de um período de tempo maior”, aumentando de oito para 22 sessões do curso, que decorre em horários articulados com os horários letivos.
Para o diretor executivo do PTO o programa DeCode responde a “uma carência de formação de base tecnológica no ensino regular”, funcionando como “base de uma formação pessoal e técnica que prepare crianças e jovens para a compreensão de uma sociedade cada vez mais digital”.
Citado numa nota à imprensa, Miguel Silvestre considerou a academia DeCode “um contributo social do Parque Tecnológico de Óbidos, seguindo os objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos por entidades de referência internacional, como a Organização das Nações Unidas”.
Desde o seu lançamento, em 2015, o projeto DeCode tem-se destacado na educação tecnológica em Óbidos, proporcionando formação contínua a crianças e jovens em idade escolar.
Com o apoio do município e o envolvimento direto das empresas tecnológicas, o DeCode 2024 “promete ser uma edição marcante, abrindo portas para uma nova geração de talentos em programação e robótica”, defendeu ainda Miguel Silvestre.
Além das escolas de Óbidos, o PTO pretende “trabalhar com outras escolas que queiram, por exemplo, ter acesso a manuais dos robôs, e montá-los no âmbito dos seus programas educativos”, concluiu Miguel Silvestre.
