A Câmara de Torres Vedras deliberou hoje, em reunião do executivo, lançar concurso para a construção do centro de saúde de Runa, com um custo estimado de 1,8 milhões de euros (ME).
A empreitada, prevista para um terreno municipal naquela freguesia, tem um prazo de construção de 18 meses a contar do seu início.
Para a obra, o município do distrito de Lisboa obteve 1,3 ME de financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência, de acordo com a página oficial da autarquia, e contraiu empréstimo para o remanescente do investimento.
A empreitada prevê a edificação de uma nova unidade de saúde “para substituir edifícios desadequados” e servir uma população de 7.000 utentes, refere o município no seu site.
“Este equipamento de saúde visa garantir (…) a prestação de cuidados de saúde primários e de proximidade à população, que passa a dispor de um equipamento de saúde com instalações modernas, confortáveis e dimensionadas para as suas necessidades” e suprir lacunas “na prestação de serviços de saúde, aumentando a oferta de serviços diferenciados e especialidades que podem ser facultadas”, é referido.
A construção de novas instalações tem como objetivos “modernizar os serviços de saúde de proximidade e reduzir as desigualdades ao nível da capacidade assistencial na rede pública de cuidados primários de saúde”, contribuindo ainda para qualificar as instalações e os equipamentos e assegurar condições de acessibilidade, qualidade, conforto e segurança para utentes e profissionais.
Com o investimento, a autarquia espera contribuir para a melhoria e diversificação da oferta de cuidados de saúde.
Em fevereiro de 2020, o município de Torres Vedras e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) estabeleceram um acordo para a melhoria das instalações das extensões de saúde de São Pedro da Cadeira, Ramalhal, Runa/Dois Portos e A-dos-Cunhados.
Na ocasião, a ARSLVT reconheceu que com instalações mais modernas “se torna mais fácil que os jovens médicos escolham estes locais para se fixarem”.
A câmara municipal é responsável pelo lançamento dos concursos públicos e por executar as empreitadas, enquanto à ARSLVT cabe apetrechar as unidades com equipamento médico, informático e mobiliário. A elaboração dos projetos é repartida pelas duas entidades.
No âmbito dessa parceria, o município de Torres Vedras tem já a decorrer a construção do novo centro de saúde do Ramalhal, num investimento de 1,6 milhões de euros.
Em São Pedro da Cadeira, decorrem também as obras para transformar o antigo jardim-de-infância em centro de saúde, num investimento de mais de meio milhão de euros.
Em dezembro de 2022, a autarquia também comprou o edifício de um antigo ginásio para aí instalar o futuro centro de saúde de A-dos-Cunhados, mas o concurso público para a realização das obras ainda não foi lançado.
Na reunião de câmara de hoje, o executivo municipal decidiu também contrair um empréstimo de 7,2 ME e outro de 4,3 ME, a 20 anos, para a construção dos centros escolares de A-dos-Cunhados e do Sarge, respetivamente.
