O Município de Torres Vedras deliberou hoje lançar os concursos públicos para construir os centros escolares de A-dos-Cunhados e do Sarge, um investimento total de 11,2 milhões de euros (ME).
As propostas de revisão dos projetos e de lançamento dos dois concursos foram aprovadas por unanimidade na reunião pública do executivo municipal.
As duas intervenções, previstas na Carta Educativa do concelho, visam “requalificar o parque escolar do concelho”, permitindo “integrar níveis de ensino, melhorar as condições de ensino e aprendizagem e consolidar os objetivos da ‘Escola a Tempo Inteiro’, concentrando alunos atualmente dispersos por diversas localidades/estabelecimentos escolares e encerrando escolas de pequena dimensão”, justifica a autarquia nas propostas, a que a agência Lusa teve acesso.
A empreitada de construção do centro escolar de A-dos-Cunhados está orçada em 6,4 ME.
Em A-dos-Cunhados, o edifício escolar vai ter capacidade para 286 alunos do primeiro ciclo do ensino básico e 75 da educação pré-escolar, informou a autarquia.
Está prevista a construção de 11 salas de aula para o primeiro ciclo e três para o pré-escolar, biblioteca, sala polivalente, salas de docentes e não docentes, salas de trabalho/atendimento, refeitório e cozinha e pavilhão desportivo.
A construção do centro escolar do Sarge tem um custo de 4,8 ME.
“Trata-se de uma intervenção num terreno que alberga atualmente um conjunto edificado também de caráter escolar, sendo prevista a substituição integral do edifício existente”, explicou a câmara municipal.
O novo centro escolar vai ter quatro salas de aula para os 104 alunos do primeiro ciclo e duas do pré-escolar para os 50 alunos, a capacidade para a qual foi projetado.
O edifício vai possuir também ginásio, sala de prolongamento de horário, sala de educação tecnológica, biblioteca, salas de docentes e não docentes, salas de trabalho/atendimento, sala polivalente, refeitório e copa.
Ambos os edifícios vão estar equipados com soluções tecnológicas de eficiência energética que minimizam o recurso à climatização e iluminação artificiais.
As duas empreitadas têm um prazo de execução de dois anos a contar do início da obra.
Em setembro, o município aprovou empréstimos no valor total de 12,2 ME a 20 anos para financiar os dois investimentos.
Os empréstimos não contam para a capacidade de endividamento do município por serem destinados a projetos comparticipados por fundos da União Europeia.
“A estimativa é aumentar o financiamento e liquidar parte dos empréstimos, como está a acontecer [com o empréstimo contratado] com o centro escolar da Silveira”, explicou a presidente da câmara, Laura Rodrigues, na ocasião.
O município do distrito de Lisboa deverá adotar o mesmo procedimento para avançar com a construção do centro escolar do Maxial, cujo projeto está mais atrasado.
À semelhança do mandato anterior, a câmara socialista tem como prioridade terminar a construção de novos centros escolares no concelho.