O partido Chega vai candidatar a militante Paula Salema à presidência da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, nas eleições autárquicas deste ano, foi anunciado.
“Esta candidatura não estava nos meus horizontes, mas surgiu o convite do presidente da concelhia do Chega, gostei do projeto e acabei por aceitar”, afirmou a candidata à agência Lusa.
Para a candidata, as expectativas dos cidadãos com a gestão socialista nos últimos 12 anos “foram defraudadas”, defendendo que “Arruda regrediu”.
“Ao fim de semana, o comércio está fechado, não há ninguém pelas ruas e não se vê grande investimento do ponto de vista turístico para dinamizar o centro histórico, que se encontra devoluto. O Parque das Rotas está ao abandono e o Rio Grande da Pipa continua a ser um grande problema, devido à poluição”, apontou.
A candidatura do Chega parte com o objetivo de aumentar a votação no concelho, vencendo na câmara e nas freguesias.
Se for eleita, Paula Salema “gostaria de mudar Arruda” e traça como prioridades a criação da Polícia Municipal para auxiliar a GNR, a aposta num plano municipal para a saúde mental e em habitação social de emergência.
“Não temos onde alojar temporariamente uma família que se veja despejada da sua casa”, justificou.
Outros projetos passam por pressionar o Governo para a Extensão de Saúde de Arranho voltar a ter médicos e enfermeiros, para que os utentes não tenham de se deslocar à sede de concelho, e para requalificar a Estrada Nacional EN248, bem como a conclusão do saneamento básico no concelho.
Paula Salema, 46 anos, é natural e residente neste concelho do distrito de Lisboa.
É cuidadora informal de pessoas com demência e é conhecida por gerir uma página na rede social Facebook, onde se alerta para problemas no concelho.
Em termos académicos, é licenciada em Arqueologia, área em que está a concluir o mestrado.
É a primeira vez que a militante do Chega integra listas às eleições autárquicas.
Paula Salema surge na corrida autárquica em Arruda dos Vinhos, depois de Carlos Alves.
O socialista concorre pela primeira vez como cabeça-de-lista, depois de assumir a presidência da câmara na sequência da renúncia ao cargo de André Rijo e da sua eleição para deputado do PS nas últimas eleições legislativas.
André Rijo não se poderia voltar a recandidatar à câmara por ter atingido o limite de mandatos.
Desde as últimas eleições autárquicas, o executivo municipal é composto por cinco eleitos do PS e dois do PSD.