O Cistermúsica – Festival de Música de Alcobaça vai celebrar Ravel, Shostakovich e Palestrina com mais de 50 espetáculos sob o tema “Variações, Impressões e Ilusões”, para ver entre 27 de junho e 2 de agosto.
Na sua 33.ª edição, o Cistermúsica vai assinalar “incontornáveis efemérides musicais que atravessam séculos de história e uma grande diversidade de estilos”, divulgou a ABA — Banda de Alcobaça Associação de Artes, organizadora do festival cuja programação foi apresentada, pela primeira vez, em dois concertos inéditos.
Os mais de 50 espetáculos que integram o cartaz propõem uma viagem pelo renascimento, assinalando os 500 anos de Giovanni Pierluigi da Palestrina(1525–1594), passando pelo modernismo do compositor soviético Dmitri Shostakovich (1906-1975) nos 50 anos da sua morte, e pelo impressionismo musical de Maurice Ravel (1875–1937).
As “impressões” do legado de Maurice Ravel estarão em destaque na programação que assinala os 150 anos do seu nascimento e que “será comemorado em diferentes formatos e expressões artísticas”, divulgou a ABA na sua página na internet.
Ravel será ouvido em vários concertos sinfónicos e de música de câmara — com obras como “Daphnis et Chloé”, “Pavane pour une infante défunte”, “La Valse”, “Concerto para Piano em sol maior”, Quarteto de Cordas em fá maior, “Ma Mère l’Oye”, “Le Tombeau de Couperin” e “Bolero”. Será ainda celebrado em “Maurice Accompagné”, um bailado que combina a sua música com o modernismo de Luís de Freitas Branco.
Da obra de Dmitri Shostakovich o programa destaca a 5.ª Sinfonia, pela Orquestra XXI, ou o Concerto para Violoncelo n.º 1, pela Jovem Orquestra Portuguesa, com o solista Pavel Gomziakov.
Na Música no Feminino, a edição de 2025 foca-se no repertório da jovem compositora Andreia Pinto, na interpretação da soprano Carla Caramujo e da pianista Mariamna Sherling, solistas nos concertos com o Ensemble Mediterrain e Orquestra Filarmónica Portuguesa, respetivamente.
O festival, que se reparte entre a programação principal, Júnior e Famílias e Outros Mundos, volta a apostar na divulgação de talentos emergentes “acolhendo orquestras dedicadas à formação e experiência de jovens músicos como a Orquestra XXI, a JOP e a Baltimore Youth Orchestra e agrupamentos como o MAAT Saxophone Quartet e o Quarteto Tágide, ambos vencedores do Prémio Jovens Músicos”, pode ler-se na mesma página.
Isto, a par de nomes como La Grande Chapelle, que protagonizará “Redescobrindo Palestrina: O mestre moderno”, ou o pianista Pedro Burmester, que fará soar as “Variações Goldberg”, deJ.S.Bach, naquela que será uma estreia no festival.
Os grandes concertos terão lugar na nave central e na cerca do Mosteiro de Alcobaça, Património Mundial da UNESCO, mas o festival levará também a música clássica a locais como o Mosteiro de Cós, as igrejas paroquiais de Aljubarrota e da Benedita ou cineteatro João d’Oliva Monteiro, entre outros.
