O torriense Marco Claudino assume o 13º lugar na lista de candidatos a deputados do Partido Social Democrata (PSD) pelo Círculo Eleitoral de Lisboa, substituindo Duarte Pacheco, que foi afastado pela direção do partido liderado por Luís Montenegro.
Marco Claudino, licenciado em direito, foi candidato à Câmara Municipal de Torres Vedras em 2017 e cabeça-de-lista nas últimas eleições autárquicas à Assembleia Municipal, onde Duarte Pacheco foi o candidato a presidente de câmara.
Apesar de um desempenho aquém das expectativas para o PSD de Torres Vedras, Duarte Pacheco manteve-se como vereador.
O político natural de Sobral de Monte Agraço, eleito pelo PSD desde 1991, ocupa a função de secretário da mesa da Assembleia da República nesta legislatura e a presidência da Comissão Política Distrital do PSD Oeste.
Recorde-se que esta segunda-feira o Diário de Notícias (DN) revelou que um grupo de militantes do PSD da área Oeste de Lisboa pediu a Luís Montenegro que afastasse Duarte Pacheco das listas de candidatos a deputados.
Numa carta enviada ao líder social-democrata, os militantes argumentam que o partido precisa de uma renovação para enfrentar os desafios nacionais, apontando responsabilidades a Duarte Pacheco pela “apatia e definhamento” do PSD na região Oeste.
“É fundamental que o Oeste tenha um deputado eleito, residente na região, que desempenhe cabalmente o cargo, contribuindo para a promoção do partido, da região e das suas populações, bem carenciadas de apoio, pois a maioria das autarquias é dirigida por socialistas, o que o PSD nunca conseguiu inverter, a que não será estranha a má condução distrital”, destaca a carta a que o DN teve acesso.
Um dos pontos de destaque na carta é a crítica à longa liderança de Duarte Pacheco na distrital da Área Oeste, que inclui Torres Vedras, Sobral de Monte Agraço, Lourinhã, Cadaval, Arruda dos Vinhos e Alenquer. Os autores da carta consideram “inaceitável” o comportamento do social-democrata, que, “por força das disposições estatutárias, utilizou no final de cada seis anos de mandatos, uma interrupção estratégica-obrigatória, que passou pela eleição de pessoas da sua confiança, para no mandato seguinte retomar as ditas funções”.