O surfista Frederico Morais garantiu hoje que vai “dar tudo” por um bom resultado na etapa portuguesa da elite da Liga Mundial de Surf, que arranca na quarta-feira, em Peniche, destacando que é “especial” competir em ‘casa’.
“É um orgulho gigante estar entre os melhores, é superespecial. Mais especial ainda sendo integrante da elite e não como ‘wild-card’ [convidado]. Traz algumas responsabilidades, claro. Quero dar o meu melhor, e representar Portugal ao mais alto nível. Sei que vou dar tudo o que tenho”, disse ‘Kikas’ durante a conferência de imprensa de lançamento do evento.
Frederico Morais regressou este ano ao circuito principal da Liga Mundial de Surf (WSL), e chega a Portugal com um resultado positivo nas contas do ‘ranking’, após as duas ‘pernas’ no Havai (Estados Unidos), estando no top 22 (apenas 22 surfistas seguirão em prova depois do ‘cut’ (corte) que se realiza depois da quinta etapa.
“Esta é uma etapa especial para mim, poder ter as pessoas todas a gritar por nós, sinto-me privilegiado de partilhar esta etapa com a Francisca [Veselko] e o Joaquim [Chaves]”, acrescentou o surfista que participa pela nona vez nesta etapa em Supertubos.
Os campeões nacionais em título ‘Kika’ Veselko e Joaquim Chaves foram convidados para participar na prova de Supertubos, e ambos se mostram entusiasmados com a oportunidade de se estrearem entre a ‘nata’ do surf internacional.
“É um sentimento muito bom, estou muito contente, desde pequena que o meu sonho é estar no World Tour [circuito mundial], vou ter um cheirinho do que é estar no CT, e vou encarar como uma grande oportunidade. Desde os nove anos que me imagino aqui. Foi em Supertubos que conquistei o primeiro título nacional e é uma praia muita especial”, lançou a atleta, que se sagrou campeã mundial júnior em janeiro de 2023.
Um sentimento partilhado por Joaquim Chaves, que, tal como Veselko, também tem apenas 20 anos e vai competir pela primeira vez numa prova do circuito principal da WSL.
“Vai ser um dos momentos ou o momento mais importante da minha vida. Sempre sonhei participar no CT, sinto-me muito privilegiado por competir com quem idolatro desde que comecei a surfar. É uma oportunidade que vou querer aproveitar ao máximo”, afirmou Joaquim Chaves, detentor do título nacional.
No ano em que se celebram os 15 anos do evento em Peniche, a Meo e a WSL assinaram um acordo que estende a relação por mais dois anos, com mais um de opção, garantindo que Portugal mantém uma prova até, pelo menos, 2026.
Depois das mais de 150 mil pessoas que passaram pela praia de Supertubos em março do ano passado, com o recorde de assistência de mais de 50 mil pessoas alcançado no último dia do evento, o objetivo assumido por Henrique Bertino, presidente da Câmara Municipal de Peniche, é bater esse número.
“Se o sol continuar a brilhar, se as previsões ajudarem, acredito que vamos superar o número. E se não for este ano, será com certeza para o ano. Somos uma câmara muito disponível e determinada, e por isso vamos continuar a apoiar o surf”, garantiu Bertino.
A prova portuguesa é a terceira etapa do circuito mundial, depois das duas provas decorridas no Havai (Estados Unidos), e o período de espera decorre entre os dias 06 e 16 de março.
Depois de desafiarem Supertubos, os melhores surfistas do mundo vão competir em Bells Beach (26 de março a 05 de abril) e em Margaret River (11 a 21 de abril), ambas na Austrália.
Já após o corte do meio da época, no qual apenas os 22 melhores classificados do quadro masculino (dos 36 iniciais) e as 12 melhores mulheres (de 18) continuam a lutar pelo título mundial, vão realizar-se as restantes etapas: Tahiti (22 a 31 de maio), El Salvador (06 a 15 de junho), Brasil (22 a 30 de junho), Fiji (20 a 29 de agosto) e o dia das finais, em que competem os cinco primeiros de cada quadro, está marcado novamente para a Califórnia (Estados Unidos), entre 06 e 14 de setembro.