Assinalaram-se, nos últimos dias, dois anos do início da intervenção militar da Rússia na Ucrânia. Tal ideia, esconde que a guerra não começou com a entrada das tropas russas em território ucraniano, mas arrasta-se há mais de 8 anos no Donbass que a antecederam e as mais de 15 mil vítimas. Tal afirmação não anula nem omite, a gravidade da situação desencadeada mais recentemente, apenas coloca o relógio um pouco mais longe.
Passado este tempo, consolida-se a ideia de que o prolongamento da guerra e a imposição de sanções, não só se saldaram em milhares de vitimas, como no aumento do custo de vida e das dificuldades sentidas pelos povos da Europa, que pagam o custo da confrontação e da guerra.
Uma guerra que podia ter sido evitada se esses mesmos centros de poder o quisessem.
No plano internacional, ainda esta semana, ganha novo fôlego a estratégia de aumentar as sanções, mais munições e mísseis e o reforço militar. A União Europeia vai gastar mais 50 mil milhões de euros na guerra, promete mais munições e mísseis, canaliza meios para o reforço da indústria militar e acena com a integração da Ucrânia na UE.
Alguém entende como se pode “apagar uma fogueira com gasolina”?
Há quanto tempo, os protagonistas mundiais como a EUA, NATO, UE, não pronunciam as palavras “cessar-fogo”, “negociações”, “resolução pacífica do conflito” ou até a palavra “paz”?
Que cada um tire as suas conclusões.