O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Oeste negou, esta segunda-feira, que tenha sido recusada a admissão no Hospital das Caldas da Rainha de uma mulher que tinha sofrido um aborto espontâneo em casa.
Num comunicado enviado à RTVON, o Conselho de Administração da ULS do Oeste refere que a utente se dirigiu ao hospital “pelos seus próprios meios” e nega a versão dos factos até agora conhecida.
“Ao chegar teve conhecimento através do cartaz afixado na porta da Urgência de Ginecologia/Obstetrícia que esta não estava a funcionar. Presume-se que a Utente tenha ligado para a Linha SNS 24 ou para o 112, e que tenha aguardado na viatura respetiva pelas indicações telefónicas. Posteriormente, foram acionados os Bombeiros para ir ao encontro da Utente”, refere.
A administração hospitalar informa ter “registo que a utente apenas entrou no Hospital às 08h04 de hoje, tendo sido de imediato admitida”. De acordo com a administração, “em momento algum foi recusada a sua admissão, nem temos registo de várias insistências para admissão”
O comunicado conclui que a “utente foi prontamente admitida quando houve conhecimento de que estava a aguardar, a situação mereceu o atendimento necessário e ficou em vigilância”. Para além disso, a administração acrescenta que “a maternidade do Hospital de Caldas da Rainha, no dia de ontem, apesar de não estar a funcionar, atendeu 4 utentes e realizou 2 partos”.
Antes do esclarecimento do hospital, ao que a RTVON apurou, a mulher, de 32 anos, dirigiu-se ao hospital pelos próprios meios e, ao chegar, não foi admitida de imediato. Foi orientada a ligar para o 112 no exterior do hospital.
Os Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha receberam o pedido de ajuda às 7h20, no entanto, a unidade de saúde só aceitou prestar atendimento à utente cerca de uma hora após o pedido de socorro e após insistência dos bombeiros, que evitaram que fosse transferida para a maternidade de Bissaya Barreto, em Coimbra.