A semelhança do que aconteceu no ano passado, a região de Lisboa amanheceu esta segunda-feira com mau cheiro, “com características a acre/azeitonas”. A explicação está no vento de quadrante sudoeste.
“Hoje aconteceu-nos uma situação muito semelhante àquilo que aconteceu o ano passado, por volta desta altura, em que acordámos todos com esta perceção de odor a acre/azeitonas, que nós consideramos que possa ter como sua fonte emissora as tais fábricas de processamento de bagaço de azeitona localizadas mais a sul, nomeadamente na zona do Alentejo”, disse à Lusa a investigadora Sofia Teixeira.
Em comunicado, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) explica que este fenómeno de “fraca dispersão da atmosfera, conjugada com a ocorrência de vento fraco do quadrante sudeste” levaram a concentrações de compostos odoríferos na região da Grande Lisboa, situação que “melhora da parte da tarde”, mas que pode “de novo ocorrer na próxima madrugada, mas com menor intensidade”.
Segundo a APA, a monitorização da qualidade do ar, que é contínua e em tempo real, “não revela qualquer problema ao nível dos poluentes medidos com efeitos na saúde”.
“A APA permanece em vigilância contínua da qualidade do ar”, refere.
O “episódio de mau cheiro” chegou a várias zonas da região de Lisboa e Vale do Tejo, nomeadamente, Torres Vedras, Mafra, Odivelas, Lisboa, Almada, Seixal e Setúbal.