O advogado Francisco Guerra vai candidatar-se à presidência da Câmara de Alenquer nas próximas eleições autárquicas por uma coligação de partidos que inclui o PSD e o CDS-PP, anunciou o candidato.
“Sou candidato a presidente da Câmara de Alenquer indicado pelo Todos [Movimento Cívico do Concelho de Alenquer], que inclui até agora PSD e CDS-PP e que pode vir a acolher outros partidos que considerem o Todos o chão comum para a nossa terra”, afirmou o cabeça-de-lista à agência Lusa.
O nome do cabeça-de-lista foi hoje aprovado pela Comissão Política Nacional do PSD.
“Se o PS tivesse renovado os seus melhores e tivesse capacidade de execução das promessas adiadas, eu teria ficado no meu canto junto da minha família, amigos e trabalho onde sou feliz. Mas o que o PS nos apresenta, apesar de tonificado pela idade, é mais do mesmo”, disse Francisco Guerra, justificando a sua candidatura.
Com a criação do movimento cívico, primeiro, e a coligação partidária, depois, Francisco Guerra pretende “congregar a oposição [ao PS] e chegar a outro eleitorado, os desiludidos que veem a sua terra a estagnar, mas que não encontram força suficiente nos quadros partidários que os levem a dar um apoio mais ativo”.
Nesse sentido, conta com todos, motivo pelo qual o diálogo com outros partidos “não está fechado”, para “construir uma alternativa” e “ganhar a câmara”.
A mobilidade a intermodalidade é uma das suas apostas se for eleito.
“Alenquer tem de ficar mesmo mais perto de Lisboa, que não está, com os problemas que existem com o comboio e o autocarro. Temos soluções que garantem a fluidez nos transportes”, disse.
A reabilitação do património e soluções para a falta de habitação são outras preocupações da sua candidatura.
“A câmara municipal não tem feito nada e a habitação é hoje um problema real para os jovens que queiram fixar-se e constituir família. Tem de haver também uma política de emprego qualificado, que permita atrair investimento”, sustentou.
Francisco Guerra, 53 anos, cresceu no concelho e divide a sua residência entre Alenquer e Lisboa, onde vive com a sua mulher e os seus três filhos.
Licenciou-se em Direito pela Universidade Lusófona e especializou-se em Direito de Autor.
É adjunto do secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e trabalhou como adjunto do Ministério da Cultura dos últimos governos PS e PSD.
Em termos partidários, é militante do PSD.
É o quarto cabeça-de-lista à câmara a surgir em Alenquer, no distrito de Lisboa, depois de João Nicolau (PS), Ernesto Ferreira (CDU) e Fátima Vieira (Chega).
O presidente da Câmara de Alenquer, Pedro Folgado (PS), não pode recandidatar-se devido à lei da limitação de mandatos autárquicos.
Nas últimas eleições autárquicas, o PS ganhou com maioria absoluta, elegendo cinco elementos para o executivo municipal contra um do PSD e outro da CDU.
As eleições autárquicas ainda não têm data marcada, mas, segundo a lei, ocorrem entre setembro e outubro.