Os vereadores do Movimento Cívico Unidos por Torres Vedras (UTV) propuseram, em sessão do executivo desta terça-feira, a realização de um debate público urgente, promovido pela autarquia, para discutir a definição das Unidades de Saúde Familiar (USF) a serem implementadas no concelho.
Em comunicado enviado à RTVON, o movimento independente refere que propôs a constituição de uma Comissão de Acompanhamento do Executivo Camarário, com o objetivo de debater com a administração da nova Unidade Local de Saúde tanto as novas localizações das USF em falta quanto as áreas de influência da população que será abrangida pelas USF já definidas e a definir.
O UTV destaca que “atualmente, Torres Vedras tem quase metade da sua população, mais de 35.000 habitantes, sem médico de família, passando por situações de enorme vulnerabilidade, insegurança e até negligência”.
O Unidos Por Torres Vedras salienta ainda que “é necessário agir urgentemente para minimizar o impacto das condições atuais, assegurar os cuidados de saúde prestados aos munícipes e promover uma melhoria das condições oferecidas aos profissionais de saúde”.
Na última reunião do executivo da autarquia torriense, o movimento independente apresentou uma proposta para colocar em funcionamento a USF da Ventosa, que foi rejeitada pelo Partido Socialista (PS) e pelo Partido Social Democrata (PSD).
Segundo o Unidos Por Torres Vedras o modelo proposto permitiria uma “cobertura, eficiência e qualidade” na prestação de cuidados de saúde.
Atualmente, o concelho de Torres Vedras possui de três Unidades de Saúde Familiar em funcionamento (Gama e Arandis, na cidade, e Santa Cruz, na Silveira), além de unidades em fase de conclusão, construção ou com localização definida em A-dos-Cunhados, Ramalhal, Runa, São Pedro da Cadeira e Ventosa, além de outra na cidade, no ex-Hospital Dr. José Maria Antunes.
Considerando o crescimento previsto da população de Torres Vedras em mais de 5% em relação aos censos de 2021, o movimento destaca a necessidade imperativa de “definir a localização das USF que ainda faltam construir”, informando a população “atempadamente e com toda a transparência, qual a sua área de influência”.
Nesse sentido, o UTV argumenta a falta de “mais 3 USF para abranger toda a população do território, assegurando os cuidados de saúde a toda a população”.