A líder do partido Nova Direita, Ossanda Líber, defendeu hoje que o Estado tem que ter uma estratégia migratória que salvaguarde os interesses económicos do país e que privilegie os imigrantes culturalmente próximos dos portugueses.
“Quem é que imagina que um país soberano não tenha uma estratégia migratória?”, questionou hoje a presidente do partido Nova Direita, Ossanda Líber”, defendendo uma política de imigração “seletiva, que salvaguarde o interesse económico do país, o interesse da integração e que trate [os imigrantes] com dignidade”.
Numa ação de campanha nas Caldas da Rainha, Ossanda Líber abordou a questão da imigração como uma problemática que “afeta não apenas este distrito, mas que atravessa o país inteiro” e para a qual o Nova Direita tem “uma visão simples”.
“É preciso saber se estas pessoas que estão a pedir para morar em Portugal correspondem aqueles que são os nossos défices, do ponto de vista de emprego” e, por outro lado, que o país “privilegie quem está culturalmente próximo de Portugal, porque isso acaba por resolver logo uma série de problemas”, afirmou, exemplificando com as questões da língua e da religião.
Para Ossanda Líber,“cabe ao Estado definir essa estratégia”, não se podendo “imputar responsabilidades aos empreendedores pelo facto de eles terem pessoas que lhes batem à porta a pedir emprego, que são mais baratas e muitas vezes menos exigentes, até em direitos laborais”.
Na ação de campanha que passou por Peniche e por Caldas da Rainha considerou tratar-se de uma região “de pessoas muito empreendedoras, que percebem a necessidade de se integrarem pessoas vindas de fora” apesar de considerar que no país “a massa produtiva ainda não está a ser suficientemente aproveitada”.
Na cidade onde hoje efetuou uma arruada, Ossanda Líber deixou claro que o partido defenderá a localização do novo hospital do Oeste nas Caldas da Rainha, em detrimento do Bombarral, onde o Governo de António Costa decidiu que o mesmo deveria ser construído.
Além da promessa, expressa pelo cabeça de lista por Leiria, Luis Pires, a ação de campanha ficou marcada pela distribuição de panfletos nas principais ruas de comércio e na Praça da Fruta, onde alguns feirantes lamentaram “não receber nem uma canetinha”.
“É um partido novo”, explicou um cliente, justificando a falta de brindes para oferta.
Tão novo que, segundo a presidente, “nem dá para avançar com qualquer expectativa em termos de votos no distrito”. Mas, rematou: “estamos a fazer o nosso caminho, apresentando-nos como uma alternativa”.
Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março, marcadas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sequência da demissão do primeiro-ministro, António Costa, em 07 de novembro, alvo de uma investigação do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça.
A campanha eleitoral para as legislativas de 10 de março começou no domingo e termina a 08 de março.